A CERA
Empregue para a construção do favo a CERA é totalmente de origem animal enquanto segregada pelas glândulas cerígenas, situadas na face ventral do abdómen das abelhas. Estas glândulas atingem o seu pico de desenvolvimento e funcionamento na fase jovem da abelha, isto é, entre o 10º e o 18º. dia de vida.
Das glândulas saem gotículas que solidificam em contacto com o ar, formando pequenas lâminas que permanecem depositadas entre os segmentos abdominais.
A abelha, no momento de utilizar a cera, extrai as lâminas e transporta-as até ao aparelho bocal onde, com as mandíbulas, a trabalha adicionando-lhe pequenas quantidades de pólen e de própolis.
A cera é um produto com características e composição variável como todos os produtos naturais, tratando-se de uma substância composta maioritariamente por lípidos.
A sua composição química é a seguinte:
Ac. Estéreis Cerosos 70%
Ac. Gordos Livres 14%
Álcool Livre 1-2%
Hidrocarbonetos 12,5-16%
Água 1-2%
Outras substâncias 1-5%
Insolúvel na água, parcialmente insolúvel em álcool aquecido e solúvel em éter, clorofórmio e benzina.
Funde entre 62º e 65º e solidifica a 60º. De cor branca quando segregada pelas glândulas cerígenas, pode assumir coloração variável amarela, avermelhada e castanha, consoante os pigmentos do pólen e da própolis que lhe são misturados pelas abelhas.
A principal das patologias conhecidas é a "Galleria mellonela" mais conhecida como "Traça da cera" que constrói galerias nos quadros, danificando a criação. Desenvolve-se em colónias debilitadas e alimenta-se de substâncias proteicas. As larvas para a sua metamorfose, procuram fendas ou escavam a madeira das colmeias. Uma fêmea põe aproximadamente mil ovos.
A sua esterilização deve ser feita em autoclave a 120º e a decantação é feita por arrefecimento lento (cerca de 10 horas). Funde num recipiente em banho-maria a uma temperatura entre 70 a 75º C.
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